Cada vez que chega as eleições no Brasil os piores candidatos ficam falando que são o "novo" e que querem "renovar". Bem nada mais velho que esse papo de novo. Exemplifico através de um filme que conheci em um dos blogues mais interessantes que eu conheço: há 45 anos esse tal "novo" tinha chegado ao poder no governo do Maranhão e para documentar seu triunfo com estilo decidiu chamar ninguém menos que um já consagrado Glauber Rocha para documentar a posse. O resultado é profético:
Monteiro Lobato conta em "O engraçado arrependido" a história trágica de um homem que não consegue se livrar do papel de palhaço da cidade, papel que interpretou com maestria durante 32 anos na sua cidade interiorana. Pontes é um artista, um gênio da comédia e por motives de espaço coloco aqui só o miolo da introdução em que o narrador descreve o ser humano como “o animal que ri” e descreve a arte do protagonista: "Em todos os gestos e modos, como no andar, no ler, no comer, nas ações mais triviais da vida, o raio do homem diferençava-se dos demais no sentido de amolecá-los prodigiosamente. E chegou a ponto de que escusava abrir a boca ou esboçar um gesto para que se torcesse em risos a humanidade. Bastava sua presença. Mal o avistavam, já as caras refloriam; se fazia um gesto, espirravam risos; se abria a boca, espigaitavam-se uns, outros afrouxavam os coses, terceiros desabotoavam os coletes. E se entreabria o bico, Nossa Senhora! eram cascalhadas, eram rinchavelhos, e
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