"Chekhov was never confortable as a playwright. 'Ah, why have I written plays and not stories!' he wrote to Suvorin in 1896. 'Subjetcs have been wasted, wasted to no purpose, scandalously and unproductively.'" [...] “I am not destined to be a playwright. I have no luck at it. But I’m not sad over it, for I can still go on writing stories. In that sphere I feel at home; but when I write a play, I feel uneasy, as though someone were peering over my shoulder.”
[ Reading Chekhov - A Critical Journey, Janet Malcolm, 170]
Escrever para teatro não é fundamentalmente diferente, mas exacerba a questão da recepção na cabeça de quem escreve, já que no teatro essa recepção é um fantasma que no dia da estréia torna uma forma concreta, de carne e osso, direta e imediata. O público teatral não é uma abstração como "o leitor". Ele se levanta e vai embora ou cochila na cadeira ou começa a conversar ou não ri nos momentos engraçados ou não aplaude no final ou vaia. O teatro põe o artista na corda bamba.
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