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Poesia Mexicana: José Emilio Pacheco em três momentos


Manifiesto
Todos somos “poetas de transición”:
La poesía jamás se queda inmóvil.
Irás y no volverás, 1973 

Foto minha: da série "Pedras"

Antiguos compañeros se reúnen
Ya somos todo aquello
Contra lo que luchamos a los veinte años.
Desde entonces, 1975-1978


Los mares del sur
Felicidad de estar aquí en esta playa
aún sin Milton ni Sheraton.
Arena como al principio de la creación, victoria
de la existencia. Mira cómo salen
del cascarón las tortuguitas.

Observa cómo avanzan sobre la playa ardiente
hacia el mar que es la vida y nos dio la vida.
Prueba esta agua fresquísima del pozo.
No comeremos ni siquiera almejas
por no pensar en nada que recuerde la muerte.

Los paraísos duran un instante.

Llegan las aves, bajan en picada
y hacen vuelos raspantes y se elevan
con la presa en el pico: las tortugas
recién nacidas. Ya no son gaviotas:
es la Luftwaffe sobre Varsovia.

Con que angustia se arrastran hacia la orilla,
víctimas sin más culpa que haber nacido.
Diez entre mil alcanzarán la orilla.
Las demás serán devoradas.

Que otros llamen a esto de selección natural,
equilibrio de las especies.

Para mi es el horror del mundo.
Ciudad de la memoria, 1986-1989

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