Skip to main content

Melville no Rio de Janeiro


Melville esteve no Rio de Janeiro em 1843 como marinheiro em uma fragata americana . Publicou em 1850 um livro sobre esse ano em que esteve com a marinha passando pelo Peru e depois ficando um bom tempo no Rio de Janeiro. O livro [White-Jacket] é fácil de achar online. Aqui está só um belo parágrafo em que ele promete não descrever, e descreve, vários lugares do Rio que ainda são familiares a quem conhece a cidade hoje em dia – apesar da ortografia maluca dos nomes, que dão uma idéia de como soa o português aos ouvidos de um estrangeiro.


[…] We lay in Rio some weeks, lazily taking in stores and otherwise preparing for the passage home. But though Rio is one of the most magnificent bays in the world; though the city itself contains many striking objects; and though much might be said of the Sugar Loaf and Signal Hill heights; and the little islet of Lucia; and the fortified Ihla Dos Cobras, or Isle of the Snakes (though the only anacondas and adders now found in the arsenals there are great guns and pistols); and Lord Wood's Nose--a lofty eminence said by seamen to resemble his lordship's conch shell; and the Prays do Flamingo--a noble tract of beach, so called from its having been the resort, in olden times, of those gorgeous birds; and the charming Bay of Botofogo, which, spite of its name, is fragrant as the neighbouring Larangieros, or Valley of the Oranges; and the green Gloria Hill, surmounted by the belfries of the queenly Church of Nossa Senora de Gloria; and the iron-gray Benedictine convent near by; and the fine drive and promenade, Passeo Publico; and the massive arch-over-arch aqueduct, Arcos de Carico; and the Emperor's Palace; and the Empress's Gardens; and the fine Church de Candelaria; and the gilded throne on wheels, drawn by eight silken, silver-belled mules, in which, of pleasant evenings, his Imperial Majesty is driven out of town to his Moorish villa of St. Christova--ay, though much might be said of all this, yet must I forbear, if I may, and adhere to my one proper object, _the world in a man-of-war_.

Comments

Popular posts from this blog

Diário do Império - Antenado com a minha casa [BH]

Acompanho a vida no Brasil antes de tudo pela internet, um "lugar" estranho em que a [para mim tenebrosa] classe m é dia brasileira reina soberana, quase absoluta, com seus complexos, suas mediocridades e sua agressividade... Um conhecido, daqueles que ao inv és de ter um blogue que a gente visita quando quer, prefere um papel mais ativo, mandando suas "id éias" para os outros por e-mail, me enviou o texto abaixo, que eu vou comentar o mais sucintamente possível: resolvi a partir de amanh ã fazer um esforço e tentar, al ém do blogue, onde expresso minhas "id éias" passivamente, tentar me comunicar diretamente com as pessoas por carta... OS ALUNOS DE UNIVERSIDADES PARTICULARES DERAM UMA RESPOSTA; E A BRIGA CONTINUOU ... 1 - PROVOCAÇÃO INICIAL Estudar na PUC:............... R$ 1.200,00 Estudar no PITÁGORAS:..........R$ 1.000,00 Estudar na NEWTON:.....R$ 900,00 Estudar na FUMEC:............ R$600,00 Estudar na UNI-BH:........... R$ 550,00 Estudar na

Uma gota de fenomenologia

Esse texto é uma homenagem aos milhares de livrinhos fininhos que se propõem a explicar em 50 páginas qualquer coisa, do Marxismo ao machismo e de Bakhtin a Bakunin: Uma gota de fenomenologia Uma coisa é a coisa que a gente vive nos ossos, nos nervos, na carne e na pele; aquilo que chega e esfria ou esquenta o sangue do caboclo. Outra coisa bem outra é assistir essa mesma coisa, mais ou menos de longe. Nem a mãe de um caboclo que passa fome sabe o que é passar fome do jeito que o caboclo que passa fome sabe. A mãe sabe outra coisa, que é o que é ser mãe de um caboclo que passa fome. Isso nem o caboclo sabe: o que ela sabe é dela só, diferente do caboclo e diferente do médico que recebe o tal caboclo e a mãe dele no hospital. O médico sabe da fome do cabloco de um outro jeito porque ele já ficou mais longe daquela fome um tanto mais que a mãe e outro tanto bem mais que o caboclo. O jeito que o médico sabe da fome daquele caboclo pode ser mais ou menos só dele ainda, mas isso só se ele p

Protestantes e evangélicos no Brasil

1.      O crescimento dos protestantes no Brasil é realmente impressionante, saindo de uma pequena minoria para quase um quarto da população em 30 anos: 1980: 6,6% 1991: 9% 2000: 15,4%, 26,2 milhões 2010: 22,2%, 42,3 milhões   Há mais evangélicos no Brasil do que nos Estados Unidos: são 22,37 milhões da população e mais ou menos a metade desses pertencem à mesma igreja.  Você sabe qual é? 2.      Costuma-se, por ignorância ou má vontade, a dar um destaque exagerado a Igreja Universal do Reino de Deus e ao seu líder, Edir Macedo. A IURD nunca representou mais que 15% dos evangélicos e menos de 10% dos protestantes como um todo. Além disso, a IURD diminuiu seu número de fiéis   nos últimos 10 anos de acordo com o censo do IBGE, ao contrário de outras denominações, que já eram bem maiores. 3.      Os jornalistas dos jornalões, acostumados com a rígida hierarquia institucional católica não conseguem [ou não tentam] entender muito o sistema