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Da série grandes filósofos da república


O ABC da política pelo então ministro Rubens Ricúpero:
“Eu não tenho escrúpulos: o que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente esconde.”

Comments

Anonymous said…
Adorei a idéia da série! Essa frase lembra o Jarbas Passarinho à época da decretação do AI5 - "às favas todos os escrúpulos de consciência", o que diz muito sobre aquela "herança" da ditadura que você comentou no meu blog. O legado do regime de exceção não se encontra (só) na estrutura das insituições, mas no modo como se pensa a política e as relações sociais como um todo, o que envolve também a prática artística. Abraço
Obrigado pelo comentário, Alexandre. Boa a lembrança dessa outra frase lapidar do Jarbas Passarinho. Acho que está chegando a hora da gente sair do estupor decepcionado com o malogro das espectativas com o fim da ditadura e a melhor maneira é começar a pensar em como aquele período sobrevive recalcado na nossa cultura até hoje. Abs. Paulo
Anonymous said…
Paulo: acredito que o esforço tem que ser esse mesmo. Ver o que do regime de exceção permanece na normalidade democrática (ambos devidamente entre aspas). Eu lembro de uma conferência de 1974 do Antônio Callado em que ele dizia ter a impressão de que a censura oficial nem precisava mais se esforçar muito, pois parecia haver uma introjeção da censura. O que v. fala no post das cotas (todo mundo era pró-abolição, até os integrantes da ditadura eram favoráveis a ditadura, e agora ninguém é racista, mas quanto às cotas...) diz muito a respeito desse modo sub-reptício de censura, em que por trás de frases feitas politicamente corretas se albergam sabe-se lá o que... Passarinho e Ricupero ainda tem a seu favor a vantagem da franqueza... Abraços, continuemos o diálogo,
Alexandre Nodari

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