Eis um resumo do artigo chocante que acabei de ler:
Bin Laden era
prisioneiro da agência paquistanesa ISI (Inter-Services Intelligence agency) em
Abbottabad desde 2006. Os sauditas pagavam as contas para mantê-lo aí sem que
os americanos soubessem.
O general Ashfaq Parvez Kayani, chefe das forças armadas
e o general Ahmed Shuja Pasha, diretor geral do ISI sabiam do ataque americano e trataram
de fazer com que os dois helicópteros com os soldados americanos chegassem a
Abbottabad atravessando o espaço aéreo paquistanês sem chamar atenção.
A CIA não soube da
localizacão de Osama bin Laden seguindo seus mensageiros como a Casa Branca
alega desde maio de 2011, mas sim através de um alto oficial do serviço de
inteligência paquistanês, que vendeu a informação por grande parte da
recompensa de $25 milhões oferecidos pelos EUA pela captura de Osama bin Laden.
Pinóquio perdia uma competição de nariz comprido para Obama |
Amir Aziz, médico e
major do exército paquistanês foi quem forneceu a prova (uma amostra do DNA do
sujeito internado em Abbottabad) de que ali estava mesmo Osama bin Laden.
Ninguém resistiu. Ninguém
deu sequer um tiro na equipe de soldados americanos. Eles foram levados
diligentemente até o quarto onde Osama bin Laden estava e os “hérois”
americanos destroçaram à bala o corpo de um sujeito doente e desarmado,
confinado já há anos em prisão domiciliar num balneário. Bin Laden estava em
prisão domiciliar sobre controle do governo do Paquistão, não comandava mais nada
de grupo nenhum e não tinha nada do poder maquiavélico que costumavam lhe
atribuir.
Mais ainda: ele não foi
jogado no mar.
Ou seja, nada,
absolutamente nada do que o governo americano contou sobre o ocorrido era
verdade, embora esteja agora tudo transformado em Hollywood in Zero Dark Thirty.
Chaves é um retrato mais realista de uma vila na cidade do México |
Eu
não vejo benefício algum numa visão paranóica do mundo, na qual nada é o que
dizem que é porque tudo está sendo cuidadosamente maquiado para parecer outra
coisa. Especialmente porque tudo fica fácil demais de explicar quando se trata de um complô dos senhores do mal para nos manter escravizados e felizes. Mas eu vou te contar: está difícil levar a sério o que dizem os jornais
quando eles apenas repetem o que dizem agências de notícias que por sua vez
fazem um trabalho dócil e até mesmo “patriótico” . O London Review of Books
é um dos poucos lugares onde o jornalismo em inglês de qualidade e independência ainda
podem ser encontrados.
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