O Abaeté |
Talvez eu seja capaz de ligar mais concretamente esse meu “Seo
Giovani” filho de “Seo Zizi” com o romance de Guimarães Rosa, através de um dos
muitos rios do norte de Minas Gerais que são personagens do livro.
O rio Abaeté aparece mais de uma vez no Grande Sertão: Veredas.
Primeiro por analogia; Riobaldo passa por um rio que não é mas lembra o Abaeté:
“O Abaeté não era; se bem fosse que parecia: largo rio Abaete, no
escalavrado, beiras amarelas. Aquele rio fazia uma grande volta, acolá,
clareado, com a vista de uns coqueiros.”
Mais
tarde, no finalzinho do romance, Riobaldo, vitorioso e derrotado, passa pelo
próprio rio Abaeté:
“Trote tocamos, viemos, beirando aquele rio. O senhor sabe – o rio
Abaeté, que é entristecedor audaz de belo: largo tanto, de morro a morro.”
[continuo amanhã]
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