Moro num bairro de classe média de New Haven onde pelo menos 40% das casas são habitadas por Hassidim do grupo Lubavitch. Eles são minoria entre os judeus da cidade, mas têm crescido de forma consistente e se concentram praticamente todos aqui no bairro.
Uma curiosidade que sempre me chamou a atenção no código de vestimenta deles: o sheitel que as mulheres usam para cobrir a cabeça. Trata-se de uma peruca completa que, ao mesmo em que [suponho] "protege a modéstia feminina", parece muito com uma cabeleira normal.
Como eu não sou maluco de sair tirando fotografia de gente na rua, ainda mais dos meus vizinhos e muito menos das minhas vizinhas, ofereço como testemunho visual essa foto da internet que exemplifica bem o que eu vejo na rua quase todos os dias:
Uma curiosidade que sempre me chamou a atenção no código de vestimenta deles: o sheitel que as mulheres usam para cobrir a cabeça. Trata-se de uma peruca completa que, ao mesmo em que [suponho] "protege a modéstia feminina", parece muito com uma cabeleira normal.
Como eu não sou maluco de sair tirando fotografia de gente na rua, ainda mais dos meus vizinhos e muito menos das minhas vizinhas, ofereço como testemunho visual essa foto da internet que exemplifica bem o que eu vejo na rua quase todos os dias:
Sinceramente em termos de vestimenta, principalmente de mulheres, eu sou da seguinte posição: não tenho posição nenhuma, não cabe a mim dizer nada sobre o que os outros vestem; chapéu, salto-alto, gravata, biquini, careca, isso é problema deles.
O que me desperta a curiosidade nesse caso é que essas perucas eram o gesto de modéstia feminina mais ousado que eu já conheci. É como se a pessoa vestisse na praia um maiô ou sunga que imitasse muito bem [ainda que não perfeitamente] um corpo completamente nu. Cheguei até a ler uma dessas explicações rabínicas sobre o assunto, tentando entender a lógica interna da coisa. Um ponto curioso era a afirmação de que a modéstia não significava a falta de apelo atrativo das mulheres, mas sim a criação de um espaço íntimo. Bem mais interessante eu achei esse blogue em que a dona do espaço contava das suas experiências com sheitel depois que ela se casou com um judeu ortodoxo.
Eu, que não consigo respeitar nem a mais mísera tradição religiosa ou cívica, acho tudo curioso, inclusive o costume de comer sem mastigar e de joelhos uma bolachinha sem gosto molhada no vinho todos os domingos...
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