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Ai, e esse povo que não sabe ortografia...




“Se alg˜ua pessoa por meu servyço e mandado de mym se parte, e della sento suydade, certo he que de tal partyda nom ey sanha, nojo, pesar, desprazer, nem avorrecymento, ca prazme de sseer, e pesarmya se nom fosse. E se por alg˜uas vezes vem tal suydade que faz chorar, e sospirar como se fosse de nojo. E porem me parece este nome de ssuydade tam proprio que latym nem outro linguagem que eu saiba, nom he pera tal sentido semelhante.”

Famoso trecho em que Dom Duarte I (1391-1438) fala sobre a saudade no seu Leal Conselheiro (1438), p. 151


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 foi sepultado num túmulo de pedra para não ferir os olhos nem molhar os inventários da implacável boa gente da minha aldeia, mas, para aqueles que vêem em tudo o que lá não está, 
 a memória é o que há para além do riberão da minha aldeia e é a fortuna daqueles que a sabem encontrar. Não penso em mais nada na miséria desse inverno gelado estou agora de novo em pé sobre o ribeirão da minha aldeia.

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