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Poesia: Ramón Gómez de la Serna


O alfabeto das Gueguerías de Ramón Gómez de la Serna

La A es la tienda de campaña del alfabeto.
La B nunca acaba de disparar su fleche.
Cuando la C tiene en la mano la copa de beber se convierte en G.
La L parece largar un puntapié a la letra que lleva al lado.
El señor I… iba tan tranquilo cuando los ladrones le asaltaron y se convirtió en el señor Y.
La K es una letra con bastón.
La M siempre se sentirá superior a la N.
La “ñ” es la “n” con bigote.
La “q” es la “p” que vuelve del paseo.
La verdadera aberración se pronuncia por lo menos con trés erres. 
La S es el anzuelo del alfabeto.
La T es el martillo del alfabeto.
La U es la herradura del alfabeto.
La Y griega mayúscula es la copa de champaña del alfabeto.

Los ceros son los huevos de los que salieron las demás cifras.
El 5 es un número que baila.
El 8 es el reloj de arena de los numerous.
El 11 son los dos hermanitos que van al colegio.

El beso es un nada entre paréntesis.

Cada palabra tiene un hueso incomestible: su etimología.

Comments

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